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Segredos da máquina nazista Enigma são "quebrados" em exame de raios X

A máquina nazista de codificação Enigma (Foto: Divulgação/ Universidade de Manchester )
Como se não bastasse o poderio militar da Alemanha nazista nos campos de batalha durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), o Exército de Adolf Hitler também contava com um recurso considerado até então indecifrável: semelhante a uma máquina de escrever, a Enigma era um mecanismo utilizado para gerar códigos criptografrados transmitidos entre os comandos militares alemães. Construído com componentes mecânicos e elétricos, o equipamento era considerado altamente tecnológico para a época e só teve seu código quebrado graças ao trabalho do britânico Alan Turing, considerado o pai da computação moderna.
Após décadas, a Enigma ainda intriga os pesquisadores: utilizando exames de tomografia computadorizada, cientistas da Universidade de Manchester revelaram em detalhes o funcionamento do interior do equipamento e coletaram uma série de informações para a reconstrução da máquina em um modelo virtual em três dimensões.



De acordo com os profissionais da instituição britânica que estiveram envolvidos no projeto, essa foi uma oportunidade de desvendar alguns segredos da Enigma e produzir 1,5 mil radiografias para analisar em detalhes o funcionamento do dispositivo de criptografa.
A iniciativa faz parte do projeto de lançamento da Competição de Criptografia Alan Turing, que em 2020 reunirá 4 mil estudantes britânicos do Ensino Fundamental em desafios que envolvem a quebra de códigos — uma maneira de incentivar os jovens a se interessarem por cursos ligados à Matemática e Ciência da Computação.

Pesquisadores analisam interior da máquina Enigma (Foto: Divulgação/ Universidade de Manchester )
Mesmo com o desenvolvimento da Inteligência Artificial para construir códigos praticamente impossíveis de serem quebrados, a sofisticação da máquina Enigma é motivo de curiosidade para os especialistas da área. Fabricado a partir da década de 1920 na Alemanha, o equipamento contava com um teclado e um conjunto de discos rotativos conhecidos como rotores: ao apertar uma tecla, uma corrente elétrica circulava no interior da Enigma e fazia os rotores funcionarem de modo constante. Com isso, eram  criadas diferentes possibilidades de codificação: as chaves com as palavras cifradas eram trocadas diariamente e, para desvendar a mensagem, era necessário um caderno e o uso de outra máquina Enigma para desembaralhar o conteúdo transmitido a partir de telégrafos.
Com a crescente ameaça do nazifascismo na Europa, um grupo de cientistas contratados pelo serviço de inteligência britânico foi reunido durante a Segunda Guerra Mundial para desvendar o código militar alemão. Em uma mansão vitoriana na cidade de Bletchley, o matemático Alan Turing liderou o trabalho da produção de uma máquina conhecida como "a bomba".
Tal instrumento identificava pontos fracos da codificação da Enigma e foi responsável por revelar a posição dos submarinos alemães e outras informações sensíveis do Exército nazista. Com as diversas informações interceptadas, o grupo também pode ter colaborado para encurtar a duração da guerra.

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